- Porto
- |
- 30 Abr
- i Teatro
João da Cruz
Dois
- Teatro Helena Sá e Costa
- |
- 21:30h
Texto: Carmén Mesa
Encenação: André Sobral
Interpretação: Carmén Mesa e Pedro Baptista
Em foco está um homem
e uma mulher, fragmentos da vida de um casal numa atmosfera doméstica que não é
triste nem alegre porque é as duas coisas ao mesmo tempo. São um casal fora da
pauta, duas personagens muito acordadas. Vivem num auto interrogatório sobre o
que é existir e para que se existe nesta selva brutal que é viver. Vêem-se do
avesso, sem os pequenos privilégios de se viver sem consciência, a um pé do
precipício, da loucura. Vivem uma calma aparente que esconde uma carga
emocional prestes a irromper a qualquer momento.
- É como naquele quadro do Salvador Dalí.
- O que é que é como naquele quadro do Salvador Dalí?
- O tempo morre.
- O tempo não morre.
- O tempo esgota-se.
- O tempo não se esgota. As pessoas é que se esgotam no
tempo.