A morte esquece-se no ritmo acelerado do dia a dia, no afastamento da natureza, principalmente nos grandes centros urbanos, oculta-se essa realidade tornando-a algo que, apesar de inevitável, parece poder ser constantemente adiada.
Nas grandes cidades morre-se cada vez mais só.
Da reflexão sobre a morte surge também e inevitavelmente uma reflexão sobre a vida, sobre o estar vivo e sobre o antigo ritual de encontro e aceitação da morte como parte do ciclo natural.
Este projeto pretende ser um elogio da vida, do reencontro com a simplicidade, do brincar, do amar, do prazer encontrado nas pequenas tarefas diárias, do recordar sem arrependimentos e de calma, mas também de resgatar a possibilidade de dizer adeus. Olhar a morte nos olhos, servir-lhe uma sopa quente e dar-lhe a mão. A partir de um conto de Júlio Vanzeler
Encenação e cenografia – Rui Queiroz de Matos e Júlio Vanzeler Marionetas e ilustração – Júlio Vanzeler Figurinos – Patrícia Valente Música – Pedro Cardoso Desenho de luz – Filipe Azevedo Interpretação – Micaela Soares, Rui Queiroz de Matos e Vasco Temudo Produção – Sofia Carvalho Design gráfico e assistência de produção – Pedro Ramos Operação de luz e som – Filipe Azevedo Técnicos de construção – João Pedro Trindade e Rosário Matos Fotografia de cena – Susana Neves Coprodução Teatro de Marionetas do Porto / Cine Teatro Constantino Nery