A exposição, organizada pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves, é comissariada por Suzanne Cotter, Diretora do Museu.
O Museu de Arte Contemporânea de Serralves apresenta uma grande exposição do artista francês Philippe Parreno (Orã, Argélia, 1964). A primeira mostra do artista em Portugal ocupa a totalidade do Museu e é concebida em diálogo com a arquitetura de Álvaro Siza, numa continuação do programa de exposições de artistas aclamados internacionalmente que exploram o contexto singular de Serralves.
Parreno tem uma relação especial com o Porto desde que aqui rodou o
seu filme "C.H.Z” (Continuously Habitable Zones), para o qual criou o
cenário uma paisagem extraterrestre nos terrenos de uma propriedade
privada perto de Famalicão, a norte do Porto.
Esta
exposição de grande escala, que pode ser vista como um mapeamento do
trabalho de Parreno desde os anos 1990, é estruturada à volta das ideias
de série e de repetição. Entre os trabalhos incluídos na exposição
estão instalações das suas "Speech Bubbles” (1997 até à atualidade),
balões de hélio inspirados nas "Silver Clouds” (1966) de Andy Warhol com
a forma de desenhos animados que flutuam rente ao teto; Fraught Times:
For Eleven Months of the Year it´s an Artwork and then December it´s
Christmas(2008), uma série de 11 esculturas moldadas como árvores de
Natal cobertas de neve com uma evocação do poeta espanhol Federico
Garcia Lorca; e mais de 180 dos extraordinários desenhos a tinta de
Parreno que formam a série Fireflies, criada num período de quatro anos.
A instalação de Quasi Objects: Marquee (cluster), que integrou
recentemente a Coleção de Serralves, em que uma composição para piano
anima uma monumental marquise, rodeada de uma série de peixes flutuantes
serve como mestre marionetista para 3 as dimensões fundamentais da
exposição: som, espaço e tempo.
Philippe
Parreno é artista e realizador. Estudou na Ecole des Beaux-Arts de
Grenoble e no Institut des Hautes Etudes en arts plastiques do Palais de
Tokyo. Será o próximo artista da Hyundai Commission for the Turbine
Hall, Tate Modern, em 2016. Parreno foi o primeiro artista a ocupar
inteiramente os 22 000 metros quadrados do Palais de Tokyo, em Paris,
com a exposição "Anywhere, Anywhere Out of the World”, que inaugurou em
outubro de 2013. Entre as instituições que apresentaram exposições
individuais do artista destacam-se: Hangar Bicocca, Milão (2015); Park
Avenue Armory (2015); Malaga (2014); The Garage Centre for Contemporary
Culture, Moscovo (2013); Barbican Art Gallery, Londres (2013); Fondation
Beyeler, Basileia, Suiça (2012); Philadelphia Museum of Art (2012); The
Serpentine Gallery, Londres (2010); Witte de With, Roterdão (2010);
Irish Museum of Modern Art, Dublin (2009); Centre Pompidou, Paris
(2009); Kunsthalle Zurich (2006); San Francisco Museum of Modern Art
(2003); Musée D’Art Moderne de la Ville de Paris (2002), e Moderna
Museet, Estocolmo (2001).